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Do MySpace ao TikTok: breve história do Indie Sleaze

O Indie Sleaze nasceu numa era pré-Instagram, quando os looks não eram pensados para likes, mas para viver a noite. Era a época de The Strokes, Arctic Monkeys ou MGMT; de festas documentadas pelos blogs mais cool do momento e de ícones como Kate Moss, Alexa Chung, as irmãs Olsen ou Pete Doherty.
Era uma moda que misturava couro com lantejoulas, jeans skinny pretos com t-shirts de bandas, e meias rasgadas com saltos vertiginosos. Uma celebração do imperfeito, do improvisado e do irreverente.

Como usar o Indie Sleaze em 2025

No seu regresso, o Indie Sleaze mantém a irreverência e o espírito noturno que o tornaram icónico, mas adapta-se a um público que procura versatilidade, conforto e um toque consciente. As silhuetas ficam mais descontraídas: o skinny extremo dá lugar a jeans retos ou ligeiramente baggy, muitas vezes em denim preto ou desgastado, enquanto as peças sem género e os materiais reciclados ou vintage refletem o compromisso com a moda circular.
Neste revival, as peças-chave convivem com um ar mais atual: jaquetas de couro com cortes relaxados, t-shirts gráficas de bandas ou com mensagens irónicas e toques de brilho —lantejoulas, lurex ou acetinados— combinados de forma casual para quebrar códigos. O calçado reforça a atitude: botas biker ou chunky sneakers, e acessórios com personalidade como óculos XL, mini bolsas ou cintos chamativos.
Na Esdemarca, esta linguagem traduz-se em roupas e acessórios de marcas como HUGO, Gant ou Fred Perry (couro, estampas ousadas e look indie), Tommy Jeans, Rotate ou Levi’s (denim com ar vintage), Timberland, Blauer ou Hispanitas (botas robustas) ou Karl Lagerfeld e Michael Kors (acessórios brilhantes com toque glam). O resultado é uma estética que mistura grunge, glam rock e cultura pop, pronta para conquistar o street style sem perder autenticidade.

Como recriar a tendência

O segredo está em equilibrar as peças mais extremas com básicos atuais. Um blazer oversized sobre um vestido slip ou uma t-shirt regular fit, chunky sneakers com saia midi brilhante e mini bolsa, ou jeans retos com t-shirt gráfica e jaqueta de couro preta.
A chave não é copiar o passado, mas reinterpretá-lo com o seu próprio filtro.

O Indie Sleaze não é apenas roupa — é uma forma de entender a moda sem regras rígidas. Um lembrete de que o estilo pessoal nasce da mistura, do acaso feliz e da confiança em si mesmo. Em 2025, mais do que nunca, é hora de se vestir para si e não para o algoritmo.